sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre o Amor....


No capítulo 3 da carta de Paulo aos efésios, o apóstolo fala um pouco sobre o seu trabalho entre os não-judeus. Reafirma que sob as condições da nova aliança, todo aquele que crê, passa a fazer parte do povo de Deus. Paulo estava preso, e tinha a preocupação de que os efésios não desanimassem por causa do sofrimento que ele estava passando. Dá palavras de ânimo para que mantenham a fé independente das circunstâncias.
Paulo ora por eles, a fim de que vivam em cima do alicerce sólido que é o amor. “E peço a Deus que, da riqueza da sua glória, Ele, por meio do seu Espírito, dê a vocês poder para que sejam espiritualmente fortes. Peço também que, por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês. E oro pra que vocês tenham raízes alicerçadas no amor.” V.16-18

AMAR – requer de nós esforço! Certa vez ouvi, que amor é muito mais comportamento do que sentimento. Amor exige sacrifício. A Bíblia Diz que Deus é amor, e portanto, Ele é o alicerce sólido em quem temos de nos firmar.
Na cultura grega, o amor é observado nas direções para as quais se volta. O amor Philéo é o amor amizade. Não tem vínculo biológico, sanguíneo ou cultural. O amor Storge, é o amor dos pais pelos filhos. O amor Eros é o amor de um homem por uma mulher, porém, não como sinônimo de perversão. Tem um caráter mais humano pois envolve o desejo, mas isso não torna ninguém menos espiritual. O prazer sem Eros, é a busca do desejo mecânica e animal, enquanto que em Eros, o desejo repousa sobre a busca da pessoa amada. É o mais frágil dos amores devido a sua necessidade de ser alimentado. O amor Ágape, é o amor caridade. Sua origem está em Deus. É o mais excelente de todos os amores. Doa e não espera recompensas. O Ágape não promete vantagens, mas o poder de um espírito rico e de um caráter marcado pelas insígnias do bem.
No entanto, faz-se necessário entender, que não podemos oferecer aquilo que já não tenhamos recebido. Quando meditamos e aceitamos o que Cristo fez por nós, vamos sendo aos poucos capacitados para vivermos uma vida em amor. É difícil, mas não impossível. Amor a Deus, amor pela própria alma, e amor por aqueles que não conhecem a Deus. Embora não possamos compreender o amor de Cristo em toda a “sua largura, comprimento, altura e profundidade”, podemos pela fé aceitar o sacrifício que Ele fez por nós, tendo uma razão mais elevada para resistir à tentação de desistir.
A largura deste amor, mostra a sua magnitude a todas as nações e classes sociais. O seu comprimento mostra que este amor vai de eternidade a eternidade. A profundidade mostra a salvação daqueles que submergiram nas profundezas do pecado e da miséria. A altura, fala de como o amor nos eleva à felicidade e à glória celestial. Somente o amor de Deus pode ocupar o grande vazio da nossa alma!
Deus não pode fazer algo por um homem, a menos que este reconheça a sua necessidade. Geralmente, pessoas as quais Deus tem um grande apreço, são pequenas e incapazes aos próprios olhos. Quando se sentir fraco, desorientado, e sem forças para amar, peça a ajuda daquele que te conhece... Deus . Então, me utilizo das palavras de Paulo no fim deste capítulo, no versículo 20: “ e agora, que a glória seja dada a Deus, o qual, por meio do seu poder que age em nós, pode fazer muito mais do que pedimos ou até pensamos.”
Nenhum alicerce é construído sem esforços. É um desafio mantermos a fé e também amar, principalmente quando o comportamento amoroso nos tira da nossa comodidade. Mas podemos ofertar o que recebemos em abundância!!
Késia Mesquita