sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ainda sobre Efésios!!!


Efésios 2 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não das obras, para que ninguém possa se orgulhar.”
Nestes pequenos versos, está delineada uma das principais doutrinas cristãs – a salvação pela graça! Graçaaaaa .......favor imerecido! Este capítulo traz em seu título a seguinte frase: Da morte para a vida, ou, do pecado para a salvação pela graça! Paulo reafirma a natureza pecaminosa que cada um traz dentro de si, e de como somos suscetíveis ao pecado e tão facilmente corrompidos com o que o mundo nos oferece. Porém, nos lembra da graça e da misericórdia de Deus, que por vontade própria, tomou a iniciativa a fim de resgatar a cada um de nós... Jesus é o meio para voltarmos a Deus – o único caminho!
Ninguém pode garantir a sua própria salvação através dos próprios esforços. Temos hoje no mundo várias religiões que pregam essa teoria. E é justamente neste ponto que o Cristianismo se difere das demais religiões; todas as outras buscam um caminho, uma forma para se chegar a Deus e para alcançar a salvação. O cristianismo prega que Deus já veio ao encontro do homem – e para este, ficou apenas o encargo de crer e aceitar a Jesus como único e suficiente Salvador.
É muito bom quando alguém consegue compreender e aceitar essa verdade. Eu demorei muito tempo pra entendê-la: sempre achei que dependesse de mim. Eu deveria fazer por onde merecer o amor de Deus. E sofri muito com isso...porque toda vez que eu vacilava, era consumida pela culpa, achando que Deus não mais me queria... Até eu entender e experimentar o amor de Deus, independente do que eu fizesse ou de quantas vezes tivesse tropeçado. Minhas rebeliões não farão Deus me amar menos, e nem minhas boas obras farão com que Ele me ame mais. Ele me ama e ponto final!

Quando passamos a entender essa verdade, nós mudamos! Amar a Deus não se torna uma exigência, mas um sentimento natural, fruto de um relacionamento, que como qualquer outro, só pode desenvolver-se na base da reciprocidade. Cumprir a vontade de Deus não será uma obrigação religiosa, mas sim, a atitude grata daquele que ama ao Senhor. Fazer a vontade de Deus torna-se tão natural quanto comer e beber.
Voltando ao contexto em que Paulo escreveu esse capítulo, vale ressaltar que o povo judeu se achava o único merecedor do céu. De fato, o povo judeu, é o povo escolhido por Deus. Antes da morte de Cristo, eles sacrificavam animais no altar do templo para a remissão de seus pecados. Porém, Deus providenciou, não apenas para os judeus, mas para todos aqueles que cressem, uma salvação que eliminaria qualquer novo sacrifício – o justo morrendo pelos injustos; o santo dando sua vida em favor de pecadores – Jesus morrendo por nós!
Hoje, a verdadeira Igreja, o corpo de Cristo, é composta por todos aqueles que crêem e são fies à palavra de Deus. A Igreja existe em Cristo e através de Cristo, e por isso, ela é uma realidade distintiva do Novo Testamento – a limitação antiga para apenas uma nação, foi substituída pela inclusão, em igualdade de condições, de crentes de todas as nações. Os judeus eram muito ligados às tradições, e não conseguiam entender o mistério da graça, que foi recebido prontamente pelos gentios ( os não judeus). Paulo estava querendo relembrar aos efésios, que agora eles faziam sim, parte do povo de Deus. Não eram inferiores aos judeus, e nem menos merecedores do amor de Deus. Ou seja, fazemos parte da mesma família, a família de Deus.
A graça do Senhor nos alcançou. Quanto a isso podemos descansar. Não defendo uma vida dissoluta, de realização dos próprios desejos em detrimento da vontade Deus. Mas, já como membros do corpo de Cristo, se não tivermos vontade de refletir a Deus através de nossas vidas, algo está errado! Deus é bom. É maravilhoso adorarmos a Ele... Ele nos compreende e nunca nos deixa só ...por isso o amamos, e por isso temos prazer de falar dEle a todos! Késia Mesquita

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pensamento...

Segundo Lary Crabb

“ a dor é uma tragédia, mas nunca a única tragédia. Para o cristão é sempre mais um quilômetro que deve ser percorrido na longa jornada rumo à alegria. O sofrimento causado pela destruição dos sonhos não deve ser considerado algo a ser – se possível – aliviado, nem algo a ser suportado caso não haja outra saída. É uma oportunidade a ser aproveitada, uma chance de descobrir nosso desejo pela bênção mais elevada que Deus deseja nos dar – um encontro com Ele”.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre o Amor....


No capítulo 3 da carta de Paulo aos efésios, o apóstolo fala um pouco sobre o seu trabalho entre os não-judeus. Reafirma que sob as condições da nova aliança, todo aquele que crê, passa a fazer parte do povo de Deus. Paulo estava preso, e tinha a preocupação de que os efésios não desanimassem por causa do sofrimento que ele estava passando. Dá palavras de ânimo para que mantenham a fé independente das circunstâncias.
Paulo ora por eles, a fim de que vivam em cima do alicerce sólido que é o amor. “E peço a Deus que, da riqueza da sua glória, Ele, por meio do seu Espírito, dê a vocês poder para que sejam espiritualmente fortes. Peço também que, por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês. E oro pra que vocês tenham raízes alicerçadas no amor.” V.16-18

AMAR – requer de nós esforço! Certa vez ouvi, que amor é muito mais comportamento do que sentimento. Amor exige sacrifício. A Bíblia Diz que Deus é amor, e portanto, Ele é o alicerce sólido em quem temos de nos firmar.
Na cultura grega, o amor é observado nas direções para as quais se volta. O amor Philéo é o amor amizade. Não tem vínculo biológico, sanguíneo ou cultural. O amor Storge, é o amor dos pais pelos filhos. O amor Eros é o amor de um homem por uma mulher, porém, não como sinônimo de perversão. Tem um caráter mais humano pois envolve o desejo, mas isso não torna ninguém menos espiritual. O prazer sem Eros, é a busca do desejo mecânica e animal, enquanto que em Eros, o desejo repousa sobre a busca da pessoa amada. É o mais frágil dos amores devido a sua necessidade de ser alimentado. O amor Ágape, é o amor caridade. Sua origem está em Deus. É o mais excelente de todos os amores. Doa e não espera recompensas. O Ágape não promete vantagens, mas o poder de um espírito rico e de um caráter marcado pelas insígnias do bem.
No entanto, faz-se necessário entender, que não podemos oferecer aquilo que já não tenhamos recebido. Quando meditamos e aceitamos o que Cristo fez por nós, vamos sendo aos poucos capacitados para vivermos uma vida em amor. É difícil, mas não impossível. Amor a Deus, amor pela própria alma, e amor por aqueles que não conhecem a Deus. Embora não possamos compreender o amor de Cristo em toda a “sua largura, comprimento, altura e profundidade”, podemos pela fé aceitar o sacrifício que Ele fez por nós, tendo uma razão mais elevada para resistir à tentação de desistir.
A largura deste amor, mostra a sua magnitude a todas as nações e classes sociais. O seu comprimento mostra que este amor vai de eternidade a eternidade. A profundidade mostra a salvação daqueles que submergiram nas profundezas do pecado e da miséria. A altura, fala de como o amor nos eleva à felicidade e à glória celestial. Somente o amor de Deus pode ocupar o grande vazio da nossa alma!
Deus não pode fazer algo por um homem, a menos que este reconheça a sua necessidade. Geralmente, pessoas as quais Deus tem um grande apreço, são pequenas e incapazes aos próprios olhos. Quando se sentir fraco, desorientado, e sem forças para amar, peça a ajuda daquele que te conhece... Deus . Então, me utilizo das palavras de Paulo no fim deste capítulo, no versículo 20: “ e agora, que a glória seja dada a Deus, o qual, por meio do seu poder que age em nós, pode fazer muito mais do que pedimos ou até pensamos.”
Nenhum alicerce é construído sem esforços. É um desafio mantermos a fé e também amar, principalmente quando o comportamento amoroso nos tira da nossa comodidade. Mas podemos ofertar o que recebemos em abundância!!
Késia Mesquita